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O jogo do bicho das profissões

Ultimamente eu tenho respondido muito uma pergunta que eu tenho um certo receio em responder. “Fulana é desenvolvedora, sicrana é designer, maria é artista… E você, é o que?!”

Imagem do projeto One of Us - O jogo do bicho das profissões
Imagem do projeto One of Us

Eu tenho certeza que não sou a única pessoa do mundo que sofre desse mal, até porque tenho dezenas de colegas que entraram num curso que não facilita em nada essa resposta. Comunicação em Mídias Digitais. “Ein? É negócio de computador né?!”. É! É negócio de computador, é negócio de internet, de arte, de design, de escrita, de vídeo e de muitas outras coisas. Lá eu não vou ser jornalista, nem designer, nem programadora. Eu vou ser ~orgulhosamente~ produtora de conteúdo.

A verdade é que estar em um curso multidisciplinar não é nada fácil, quando o mercado que tenho que conviver não está pronto para um profissional com tantas aptidões. Chega a ser confuso, já que eu teria que escolher uma profissão para seguir na vida e me sinto confortável com várias delas.

A minha experiência de estágio foi (na verdade ainda está sendo) muito interessante. Eu entrei numa agencia digital para ser social media, depois passei para a área de criação e atualmente sou front-end. Já estou com a equipe há 1 ano e 8 meses. O aprendizado em cada área que passei foi importante para conectar melhor os meus conhecimentos e para que eu pudesse estar onde estou hoje (na área que eu considero minha prioridade).

Pensei em escrever uma reflexão (vulgo textão) pra dividir essa angústia que já mora a tanto tempo dentro do meu peito, e, quem sabe, aconselhar e receber conselhos de quem passa pela mesma situação.

Afinal, quem sou eu no jogo do bicho?!

Já quiseram me chamar de “Designer Unicórnio” que é o designer capaz de projetar as interfaces e codifica-las. Aí eu lembrei que eu não posso fazer só isso. Também posso escrever. Também posso criar criar campanhas e desenvolver ideias. Também posso produzir. Também posso dar consultorias. E o termo, que inclusive é perigoso (falarei disso mais pra frente), se tornou inútil para mim.

Eu não sou um belo cavalo alado com um chifre em espiral na cabeça. Eu sou apenas eu, a par do meus conhecimentos, buscando um lugar – notável, por que não?! – no mercado de trabalho (e na vida). Alguém que quer se sentir confortável fazendo o que gosta e que pode fazer algo relevante com isso.

Falta de foco: o ponto negativo

Mais enlouquecedor do que ter que escolher um nome pra sua profissão pode ser escolher um foco. Quando se gosta de muita coisa fica difícil criar um hábito de estudo que englobe tudo. Por isso eu indico: divida o seu tempo.

Estudar não é fácil, requer disciplina, comprometimento e tempo. Não pense que em um curto prazo vai conseguir ficar expert em tudo, por isso, criar projetos e objetivos a longo prazo pode te ajudar bastante a desenvolver todas as suas skills.

Se a ideia não é ter milhões de certificações a coisa melhora um pouco. Querer ser bom numa coisa que nos faz bem não necessariamente obriga que a gente trabalhe com ela. Nosso tempo extra pode se transformar num ótimo desenvolvedor de skills! Confie nos seus instintos, vá criando e executando. Errar milhões de vezes, pedir opiniões e quebrar a cara faz parte do processo. Depois disso, apostando que você está melhor e mais maduro, vá ser feliz.

Multidisciplinaridade: o ponto positivo

Conhecer vários processos pode se tornar uma experiência fantástica. Você pode participar do começo ao fim de um projeto, ajudar aos colegas e com a experiência vai conseguir prever o andamento das coisas e tornar o workflow mais eficiente. Também vai fazer você conhecer melhor as limitações (suas e da equipe que trabalha com você).

Compreender e participar de várias áreas do conhecimento (note que ninguém aqui está falando em especialistas) vai te ajudar a crescer dentro da sua própria área. Você só precisar aproveitar os diversos conceitos e aplica-los a sua realidade.

No meu caso, como designer e desenvolvedora de interfaces (front-end) eu tenho consciência que não sou uma máquina de WYSIWG (what you see is what you get). Então, participando do projeto junto com o designer, posso indicar melhores soluções para cada problema que venha a surgir.

Cuidado com a exploração

Como citei lá em cima, há sempre um risco em ser um profissional que sabe de muitas coisas. Em tempos de crise e ambição desenfreada ~e não só nesses tempos~ as empresas contratam alguém que possa fazer o trabalho de duas pessoas pelo preço de uma.

Os contratantes sabem que você é capaz de fazer, vai entender o que está fazendo e vai ser capaz de entregar o produto com um custo menor de produção para eles.  Então, é importante se cuidar e não deixar que a relação de trabalho passe para uma relação de exploração profissional.

 

Ainda não escolhi uma resposta pra pergunta que deu origem a esse texto, mas depois de encarar os fatos não vou mais me sentir culpada por não saber como responde-la. Eu faço muitas coisas e eu posso ser boa em todas elas. E você também pode.

Alguém mais já se sentiu assim?! Com medo de que no futuro não exista uma cadeirinha reservada pra si, em qualquer empresa ou área que seja? Sem querer colocar um rótulo no cartão de visita?!

 

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Colorindo o feed do Instagram

O Instagram é uma das redes sociais mais usadas no mundo! São em média 300 milhões de usuários ativos e 70 milhões de postagens por dia. Que potencial, né?! Se você vive conectado, deve ter uma conta por lá, já que o app existe para a maioria dos dispositivos móveis.

Pra ajudar a colorir um pouco o seu feed, e diminuir a quantidade de selfies (haha) fiz uma seleção de 5 feeds pra você seguir agorinha mesmo!

1. Wandson

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As fotos de Wandson Lisboa refletem bom humor! São objetos do dia a dia como brinquedos, comidas e utensílios que se reúnem em fotografias coloridas e divertidas. O cara é bem viciado no Woody e no Buzz Lightyear (quem não ama Toy Story?) então não é difícil encontrar eles e outros personagens por lá!

2. Lucía Fernández Muñiz

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Fotógrafa e vídeo maker espanhola que já trabalhou com muitas bandas e marcas famosas. Liam Gallagher, Carolina Herrera e Two Door Cinema Club estão no portfólio da moça. Se está buscando cores, fotografias conceituais e inspiração pra fotos femininas, vai encontrar muita coisa legal nessa conta.

3. Izaac Brito

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Ilustrador, especialista em personagens e conhecedor de muitas técnicas, Izaac Brito usa sua conta pessoal do Instagram também como uma espécie de portfólio. Por lá você vê os desenhos de práticas do artista e ainda fica sabendo de seus novos projetos. O artista inclusive já passou por aqui em 2013 num post sobre o Coletivo DIA.

4. Margot Mchn

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O cotidiano parisiense pelos olhos de Margot Mchn. Um feed bastante calmo, onde as cores pasteis reinam e se misturam em perfeita harmonia. Aos olhos de Margot, tudo pode virar uma bela foto, e vale a pena conferir as expressões geralmente minimalistas da moça.

5. Lauren Hom

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De longe, um dos meus feeds favoritos de todo o Instagram. Lauren é especialista em letterings e a cada atualização trás pro feed muita cor e inspiração. Ela já criou vários projetos interessantes e costuma mostrar resultados de trabalhos com outros artistas incríveis! No feed da Lauren a gente também pode ver um pouco do seu processo de criação.

 

Muita cor e muita inspiração pra semana e pro feed de vocês!

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Tecnologia gera preguiça?

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Certamente que todos (ou boa parte de vocês) já pararam para pensar na relação que a tecnologia tem com o dia a dia de cada um. Essa semana me deparei com uma situação um tanto quanto estranha, pois precisei escrever um pequeno texto na agência que trabalho, porém, ficamos sem energia por algumas horas, resultado? Tive que escrever o texto a mão. Parece exagero, mas senti plena dificuldade em escrever um texto de umas 10 ou 15 linhas! Não só por causa da gramática (um beijo para quem inventou o corretor ortográfico), mas por causa da falta de manuseio com a caneta mesmo. Senti como se minha mão direita estivesse com um pequeno defeito de fábrica, já que ela não obedecia corretamente aos comandos que meu cérebro estava enviando.

Pois bem, chego ao ponto crucial do assunto proposto, afirmando que a tecnologia e todo o seu aparato está nos deixando preguiçosos. Não posso generalizar, pois, não sei o que seria da nossa vida sem o computador, smartphone e qualquer outro eletrônico que nos acompanha diariamente, mas entro na seguinte questão: Tanta facilidade com o advento dessas ferramentas, as vezes não atrapalha? Se vou escrever um texto no Word e erro a grafia de alguma palavra, o próprio software corrige pra mim! Se vou desenvolver uma arte em algum software de edição, sabendo utilizar a ferramenta certa, ele me ajuda em grande parte do trabalho! Se preciso me comunicar com alguém, já nem preciso mais ligar, pois, posso usar comunicadores instantâneos que aceitam texto, voz e emoticons! O que não se pode negar é que com o Word nos ajudando tanto assim, acabamos nos esquecendo de como escrever as palavras corretamente, quando não temos acesso a ele num momento de necessidade e falta de energia, por exemplo. Outra coisa é que com as facilidades de algumas ferramentas presentes nos softwares de edição, quando vou fazer a mão, acabo sendo atrapalhado pela comodidade e me esqueço dos princípios básicos de design/ilustração. Fora que com o uso dos comunicadores instantâneos, detalhes de uma conversa podem ser esquecidos facilmente, diante das várias formas de distração e comunicação, como os emoticons que distraem e as vezes não comunicam o que realmente deveriam.

Volto no início do texto, quando afirmei ter perdido o manuseio da caneta ao escrever um texto, me lembrando que minha mão travou, as letras não saíram conforme eu gostaria que saíssem e consequentemente, achei estranho e difícil escrever a moda antiga. É óbvio que essa tecnologia toda é benéfica a todos nós, mas não devemos nos apoiar somente nela. Hora ou outra somos pegos de surpresa e precisamos desenvolver trabalhos sem o uso dessas ferramentas. A tecnologia (como qualquer outra coisa), se bem usada nos traz benefícios, porém, se usada com exagero passa a ser uma pedra de tropeço. Não deixe de escrever a mão, sempre que puder! Não deixe de desenhar a mão constantemente, para não perder o costume! Seja um profissional eclético e preparado para quaisquer circunstâncias. Seja um ser humano capaz de se adaptar as situações, caso contrário, sua letra pode não sair tão bonita, como era antes do computador…

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Criatividade Design

Flâmula Estúdio – 36 Days Of Type

Conheci o Flâmula Estúdio Criativo por causa do projeto 36 Days Of Type, e me surpreendi imediatamente pelo trabalho deles, que é extremamente bem executado e tem um apelo visual muito legal!

A gente precisa admitir que não é um projeto muito fácil! Afinal, pensar, criar e executar uma letra por dia pode ser bastante cansativo. Pelo resultado do trabalho, a gente percebe o cuidado que o Frederico (responsável pelo estúdio) teve em cada peça.

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Tendo conhecido o projeto através de um amigo que é colega de profissão (designer), ele viu ali uma oportunidade de se aprofundar nos estudos de lettering e tipografia, área que já tinha interesse. Para as criações o principal software usado foi o Illustrator, pela qualidade oferecida nas imagens vetoriais, e o Photoshop.

Em conversa com Frederico, ele contou que uma das melhores partes de ter participado foi ter muita liberdade criativa! Deu pra experimentar, se auto desafiar, sair da rotina, conhecer novas técnicas, novos processos e tudo isso sem perder a essência da leitura dos tipos.

tipografias flâmula estúdio midiadrops

Essa liberdade oferece ao artista um estilo bem legal de processo criativo e aumenta bastante a confiança nas técnicas escolhidas, e nesse caso não poderia ser diferente! Foi apostando no lado sensorial e na percepção visual que as letras foram se desenvolvendo, até chegar ao resultado final que reflete a essência criativa do estúdio.

Não direi que foi fácil, pois nem sempre nossa criatividade, inspiração, a busca por um resultado eficaz ou mesmo o pique corporal estão a todo vapor. Todos temos nossas limitações e saber reconhecer isso é um fantástico auto-aprendizado. – Frederico Mattos

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Depois de buscar muitas referências, pedir muitas opiniões dos amigos e pesquisar bastante para o desafio, o Flâmula Estúdio já colheu frutos concretos, como a parceria com o Estúdio Cão.

Se você gostou do trabalho, pode continuar acompanhando no Behance e no Facebook!

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Criatividade Design

Um designer para cada dia do ano

365 Awesome Designers é um projeto desenvolvido pelo pessoal da Wild, um estúdio da Austria.

A ideia é extremamente simples! Eles publicam no site o trabalho de algum designer do mundo, um por dia, todo dia, por um ano. Um trabalho que deve ser bastante inspirador, não acham?!

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E com tanta gente boa num só lugar, o resultado não poderia ser diferente. O site é uma fonte e tanta de ótimos trabalhos criativos pros dias que faltar inspiração. Eles tem um cuidado legal de sempre diversificar a curadoria, então por lá você vai encontrar diversos tipos de trabalhos: ilustrações, interfaces, ícones, foto manipulações e outras coisas bem legais.

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Pra deixar a gente ainda mais feliz, não é a primeira vez que eles fazem isso! O projeto também existiu do ano de 2012. Então, se você quer conhecer mais gente criativa, é só clicar aqui.

Acompanhem o projeto também no Facebook!