Que a fotografia e a ilustração são duas formas de arte muito interessantes quando bem exploradas, disso não há dúvidas. A fotografia causa uma sensação de interação mútua entre o observador e a obra. Ela tem esse poder de aproximar algo, que está fisicamente distante, de quem a admira, fazendo com que um local, objeto, sentimento ou situação torne-se quase que reais aos olhos de quem vê. A ilustração também é a demonstração de algo, por meio de traços. Todo esse sentimentalismo envolvido em ambas as artes, fazem delas verdadeiras fontes de admiração e inspiração. Mas e quando as duas são mescladas em um mesmo trabalho?
Sébastien Del Grosso, decidiu fundir suas duas paixões em seus trabalhos, misturando de forma inusitada e criativa, seus sentimentos por meio da foto e do desenho. O resultado, você confere logo abaixo nessa pequena amostra de sua galeria de imagens.
Gostou? Ficou impressionado? Inspirador não é mesmo?
Caso queira seguir o trabalho dele mais de perto, clique no link abaixo e curta a sua fanpage no facebook:
Você já se sentiu confrontado por mensagens escritas em alguma parede?
A arte de rua tem esse poder! Pode parecer loucura de início, mas os dizeres grafados em lugares públicos viraram objeto fotográfico para Nicholas Ganz. O artista, que além de fotografo também é grafiteiro, resolveu capturar as mensagens grafadas em paredes ao redor do mundo, e transformou essas fotografias em livro.
O livro, que não é o primeiro do alemão veio com o objetivo de mostrar não só suas descobertas, mas uma perspectiva histórica e artística da prática milenar de comunicar através das frases escritas em paredes e lugares públicos.
A curadoria para o livro contou com nomes como: Banksy, Ben Eine, Kid Acne, Mobstr e outros artistas que apostam nessa forma de fazer arte e comunicar.
Se quiser dar uma olhadinha em como ficou o livro por dentro, é só apertar o play:
Infelizmente, o livro ainda não está disponível para venda no Brasil. Mas você pode conferir outras obras de Nicholas Ganz clicando aqui.
O que te parece não ser legal, pode de fato não ser criativo?
Acompanhando fóruns, grupos de discussões, blogs e páginas de Design Gráfico / Publicidade e Propaganda / Marketing e por aí vai, me deparei com uma situação que deixou de ser nova a bastante tempo, mas que insiste em se instalar nas rodas de conversas sobre o tema: A incrível capacidade de se criticar sem conhecer o assunto! Bem, se tratando de designers e profissionais afins, aparentemente a crítica construtiva deveria ser um dos pilares para se alcançar resultados melhores, porém, o que se vê nesse meio é um monte de achismos e “gosto não gosto”, totalmente voltados para o pessoal, sem qualquer embasamento teórico ou no mínimo uma ambientação sobre os porquês para se chegar a tal resultado.
Para ser mais claro, essa semana a GOL – Linhas Aéreas Inteligentes anunciou (e mostrou) sua nova Identidade Visual, com um novo conceito totalmente diferente do que foi usado a alguns anos e isso gerou muitas críticas destrutivas sobre o projeto.
O que vem ao caso nesse texto, não é se a marca ficou bonita ou não, mas sim, o conceito que foi empregado nessa nova marca e o fato desse conceito não ter ficado tão claro entre os profissionais de Design e Marketing, pois, uma chuva de “Eu não gostei”, “Eu faria melhor!”, “Eu iria por outro caminho”, “Alguém ganhou dinheiro para fazer isso?”, simplesmente inundou a internet, fazendo com que o trabalho fosse questionado em alguns pontos por esses profissionais.
A grande questão deveria ser: “Como chegaram a esse resultado?” Mas as críticas pessoais tomaram conta dos grupos de Design e a galera caiu matando em cima do trabalho feito pela AlmapBBDO! O Marcello Serpa, sócio e co-presidente da agência, ressaltou parte do conceito empregado nessa nova Identidade Visual, dizendo o seguinte: “Trabalhamos com a Gol há 14 anos e acreditamos na eficiência que a empresa traz para a aviação. Com essa nova identidade, quisemos retratar a inteligência e democracia da companhia. A Gol une histórias e pessoas e nada melhor que dois elos se unindo para representar essa força”.
Ao meu ver, a marca estava mesmo precisando de uma nova roupagem, visto que, seu conceito estava totalmente distorcido. Ler o conceito do idealizador do projeto, foi de extrema importância para esboçar qualquer opinião sobre o trabalho. Eu tentei analisar primeiro como cliente e depois como designer (é difícil separar isso as vezes), por isso, como cliente vendo ela aplicada nos aviões me deixou encantado, pois a antiga já deu o que tinha que dar, mas essa nova revitalizou a empresa de tal modo que a modernidade e o elo entre as pessoas foram fatores primordiais para o bom início dessa nova fase da empresa. Como designer, notei uma dificuldade em pronunciar GOL, pois, a letra O duplicada me causou uma certa estranheza, mas nada que fizesse com que o trabalho fosse ruim na minha cabeça.
A verdade é que o senso crítico precisa ser melhorado em nosso meio, pois, duras críticas (disfarçadas de construtivas, mas que na verdade não servem para melhorias) tem sido a base da opinião de alguns e isso é ruim quando se trata de mercado, pois, retrata sua própria imagem como pessoa.
Alguém que não consegue lidar com opiniões diversas precisa se reinventar como profissional, já que o mercado é evolutivo. Analisar um projeto finalizado sem ao menos tentar compreender o conceito empregado no mesmo, é um erro absurdamente grotesco que não deveria ser cometido nem mesmo por principiantes.
Quando analiso uma situação por todos os ângulos e óticas, consigo gerar uma opinião crítica não redundante acerca daquilo e isso me faz crescer como pessoa e como profissional. Os achismos ficam de lado, partindo para as certezas de que o trabalho idealizado se torna um bom resultado de um conceito imaginado. Quando o conceito é aliado a execução, a linha da perfeição é traçada de forma consistente e os traços de um trabalho bem feito se tornam eficazes.
Lembremos sempre que a argumentação embasada na teoria, é o pilar de sustentação de uma boa e saudável discussão. Portanto, antes de empregar seus achismos, procure saber mais sobre o assunto e se pergunte o porquê de se alcançar tal resultado, ok designers? #FicaDica
O café já deixou de ser apenas o combustível de criativos faz tempo! A bebida virou instrumento pra muitas criações, e no caso do artista Stefan Hingûkk, a inspiração aconteceu “naturalmente”.
Enquanto tomava uma xícara de café, ele deixou derramar um pouco num guardanapo e percebeu que a forma da mancha parecia um monstro – e adivinhem, ele adora monstros! Completando com um rabisco aqui e outro ali, a criatura estava formada. Desde esse dia, Stefan já produziu mais de 480 monstrinhos!
O artista rapidamente tomou gosto pelo hobby, e o transformou num projeto diário intitulado “The Coffee Monsters”! Você pode acompanhar pelo Facebook, pelo Instagram e até comprar o seu monstrinho na loja criada por Stefan.
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Apesar de serem monstros, as criações de Stefan muitas vezes tem uma aparência cute e engraçada, além de ter um nome próprio e uma história que é escrita na descrição de cada publicação.
Diz aí se não dá vontade de transformar um deles em realidade?!
Já pensou em criar um personagem? Sua personalidade e suas aventuras correndo o mundo em busca de um objetivo? Pois hoje trago para vocês um simples passo a passo da criação de um personagem, desde seu projeto em papel até a confecção do mesmo.
Vamos separar este processo em três etapas: biografia, design e concepção.
Biografia
Para começar, escreva a biografia do seu personagem: quem ele é? O que faz? O que busca? Quais são os seus sonhos? Quais seus talentos? Quais seus defeitos? Quais dificuldades tem que enfrentar? Ele é preguiçoso ou corajoso? É responsável ou não? Tem família? Emprego? Tente traçar a personalidade dele. As respostas dessas perguntas construirão as Características Psicológicas do personagem. Se quiser, faça um pequeno resumo da história. Isso vai facilitar muito o processo criativo.
Depois de desenvolver o psicológico de seu personagem, vamos partir para as Características Físicas. Explique como é cada parte do corpo: altura, cor de pele, cor de cabelo, tipo de cabelo, braços e pernas (finas, grossas, curtas ou compridas), corpo (fino, volumoso, barriga localizada ou não), cabeça, mãos, pés e vestuário. Com isso feito, chegou a hora de batizá-lo. Escolha um nome que combine com ele.
Design
Agora que você conhece seu personagem, podemos começar a desenhá-lo. Uma boa dica é pegar várias referências que se aproximem do que você quer fazer. Com essas figuras em mãos, faça um estudo de proporção. Primeiro trace uma linha no meio e conte quantas “cabeças” ele possui. Essa técnica toma como base a medida da cabeça para formar o corpo do personagem.
Procure pegar partes do corpo de várias referências. Pegue o nariz e os olhos de um e o formato do rosto de outro. Vá montando seu personagem e se sinta livre para criar!
Faça um Model Sheet, com a visão de vários ângulos do personagem. Você também já pode fazer o estudo de cor. Teste diferentes combinações. No exemplo, eu fiz o estudo de cor e alguns ângulos do personagem. Você pode desenhar as expressões faciais ou gestuais também.
Concepção
Você já tem a base de seu personagem para aplica-lo em um livro, HQ, animação etc. Como exemplo de aplicação, vou mostrar como seria transformá-lo em um boneco usando massa de porcelana fria, também conhecida como Biscuit. Você pode usar outros materiais também.
Comece preparando seu ambiente de trabalho. Para deixar o boneco mais firme colocarei arame em seu interior, então tenha um alicate para trabalhar com este material:
Faça um esboço. Aqui eu estou trabalhando com a altura de 15cm:
Para trabalhar com a massa de Biscuit, você tem que colorir ela. Eu uso tinta a óleo para esta etapa. Aqui misturei duas tonalidades para alcançar a cor desejada:
Modele a massa no formato do tronco do personagem. Detalhe para o arame que passa pelo centro do que virá a ser o corpo dele:
Para os braços, faça uma cobrinha e corte no tamanho adequado. Usei o esboço para medir os braços:
Coloque o arame por dentro dos braços para dá mais sustentação:
As mangas são duas simples bolas coladas com cola branca na estrutura do braço:
Agora faça o pescoço. Depois começamos a construir alguns detalhes da roupa:
A construção das pernas segue a mesma lógica das cobrinhas. Já a calça, são duas bolinhas maiores que as mangas. Faça um leve amaçado em um dos lados da calça para encaixar melhor no corpo do personagem:
Com mais alguns detalhes já está tomando forma:
Eu acho as mãos a melhor parte! Você faz uma pequena bola, pequenas cobrinhas para os dedos e cola tudo. Aqui fiz também o detalhe da luva que você pode ver no ultimo quadro:
Para a construção dos sapatos, coloquei porcas de parafuso pra ajudar o boneco a ficar em pé. O encaixe na perna também é feito com arame:
A melhor parte da cabeça é cortar o cabelo. Sério, é muito bom! Já o nariz é chatinho de fazer:
Os olhos são mais simples:
Agora vamos colocar a cabeça no lugar:
O chapéu é formado de pequenos triângulos colados em um aro de Biscuit. Coloquei alguns detalhes como umas tirinhas nos cantos e bolinhas nas pontas:
Vamos pintar as pupilas dos olhos com uma caneta Nankin. Não é tão fácil quanto parece:
Para prender o chapéu na cabeça, use um arame:
Resolvi colocar o boneco em um suporte feito da mesma massa. Isso para garantir que ele ia ficar bem fixo em superfícies planas:
E voalá, está pronto o personagem! Este é o Alam, prazer!
Agora é sua vez de criar o seu. Não esqueça de compartilhar sua criação com a gente!