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Malária, o curta

Malária, o curta metragem faroeste que é a prova do talento nacional brasileiro no cinema. A película de cinco minutos conta a história de Fabiano Carreia, um matador de aluguel contratado para “tirar a vida” da morte. A história é bem interessante e o fim surpreendente, porém o que o curta possui de mais mágico não se encontra no roteiro, e sim na execução da ideia. Para desenvolver o filme os criadores Edson Oda e Alexandre Tommasi tomam como suporte técnicas de kirigami (arte de cortar papéis), origami, quadrinhos, ilustrações com nanquim e time-lapse. A animação é coberta de efeitos visuais e conta todo tempo com elementos exteriores aos limites do papel. Fazendo referência ao melhor estilo bang-bang, Malária traz consigo todo um clima tarantinesco faroeste e, como se a reprodução já não fosse boa o suficiente, o curta conta com uma trilha sonora que casa perfeitamente com a atmosfera representada, nos conduzindo de forma mais real para o contexto que se passa a história. E aí, ficou curioso? Assista abaixo!

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Marina Lauritzen

Apaixonada por grandes centros, música francesa, paisagens urbanas, desenho e pintura em aquarela. Adoro ilustração e fotografia e vou estar sempre tentando apresentar novos artistas desse meio para vocês. Tenho 19 anos, sou graduanda do curso de Mídias Digitais da UFPB e espero poder sempre contribuir e enriquecer junto com toda a equipe o conteúdo do MidiaDrops.

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Top 5 – God Save The Queen

O pequeno George Alexander Louis nasceu essa semana na Inglaterra. O bebê, filho do príncipe William e da duquesa de Cambrigde, Kate Middleton, é o terceiro na linha de sucessão no trono real inglês. Houveram apostas sobre o nome do bebê, repórteres passaram dias na frente do hospital, pessoas aguardavam ansiosamente o nascimento e, enquanto isso, a rainha estava confortavelmente em seus aposentos reais esperando pela notícia que deveria chegar até ela em primeira mão.
Então prepare o clima, o dê o play em The Queen is Dead, dos Smiths, e acompanhe nosso top5 que hoje homenageia a realeza britânica e toda a sua rigorosidade e pomposidade.


5 – Henrique V (1989)

O filme é baseado na obra teatral de Shakespeare que, por sua vez, é baseado na história real do rei Henrique V. Quer dizer, realé algo difícil de se afirmar nesse caso. A batalha de Agincourt ocorreu durante a guerra dos cem anos entre a França e Inglaterra, sabemos. Mas com todos aqueles floreios e dialógos pomposos? Difícil dizer. A obra é um clássico e esta uma das melhores adaptações. Verdadeiro ou não, o discurso de Henrique V do dia de São Crispim momentos antes do conflito ainda nos dá arrepios. 
Conhecido por suas interptretações de Shakespeare, Kenneth Bragham, ou melhor, Sir Kenneth Bragham dirigiu e protagonisou o longa que também conta com grandes nomes no elenco: Judi Dench, Dereck Jacobi e o jovem Christian Bale.

  


4 – Shakespeare Apaixonado (1998)

Will Shakespeare (Joseph Fiennes) é um jovem poeta que conseguiu patrocínio para sua próxima peça, mas sofre de um bloqueio criativo até que conhece Viola De Lesseps (Gwyneth Paltrow) uma jovem da corte que sonha em atuar, algo proibido para as mulheres naquele tempo. A Rainha Elizabeth (Judi Dench) sempre foi uma grande incentivadora do teatro e ela tem um papel essencial na trajetória do poeta. Mas vou logo dizendo – e aqui vão spoilers – a rainha nunca pisou ou pisaria no Globe Theatre, a última cena do filme nunca teria acontecido de verdade.
O longa é leve, divertido, desprentencioso e inteligente. Figurinos lindos e ótimas atuações – Gwyneth Paltrow roubou levou o Oscar por esse papel no mesmo ano em que Fernanda Montenegro concorria por Central do Brasil. 




3 – A Rainha (2006)


Após a inesperada morte da princesa Diana em um acidente de carro, a família real decide permanecer em silêncio no castelo de Balmoral. Os ingleses estão inconsoláveis, não entendem a atitude da realeza e pedem apoio à rainha(Helen Mirren). Tony Blair, recentemente eleito primeiro ministro, percebe que precisa tomar decisões que reaprocimem a família real da população.

Helen Mirren alcançou o que parecia impossível, ela humanizou e expos os dilemas da personagem sem cair em uma interpretação caricatural da rainha.  A exibição do longa no Festival de Cinema de Veneza rendeu 5 minutos de aplausos a atriz. Long live the queen.





2 – O Discurso do Rei (2010)

Após a abdicação de seu irmão, George VI (pai da rainha Elizabeth) assume o trono relutantemente. Considerado inapropriado como rei devido a sua gagueira, George apela para os métodos não convencionais de Lionel Logue, um terapeuta da fala. Através muitos exercícios de fala e de uma amizade pouco provável, George tenta vencer sua gagueira e liderar o país que passa por uma guerra.

O longa conta com um grande elenco: Colin Firth, Geofrey Rush, Helena Boham Carter e Michael Gambon. Vencedor de 4 Oscars, melhor direção, melhor fotografia, melhor roteiro e melhor ator para Colin Firth. O filme é divertido, com alguns momentos comoventes e muito bonito visualmente.  




1 – Monty Python em Busca do Cálice Sagrado (1975)

Escrito e dirigido pelo grupo de comédia britânico Monty Python, o filme é baseado na busca do Rei Arthur e os cavaleiros da távola redonda pelo Santo Graal de forma muito irônica e divertida, claro. O longa de baixo orçamento – a produção não podia ao menos pagar por cavalos, os atores então fingiam galopar enquanto batiam cocôs uns nos outros para simular o trote dos cavalos – se resume à 4 comediantes brilhantes interpretando sketches um atrás do outro, criticando o absolutismo dos reis, a vida dos camponeses e o mito da vida do rei Arthur.

É um dos melhores filmes do grupo e uma das comédias mais divertidas de todos os tempos. As locações e diálogos são memoráveis e hilários, os cavaleiros de dizem Ni!, o coelho assassino e the black knight permanecerão para sempre como um verdadeiro clássico. 


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Minna Miná

Estudante de Comunicação em Mídias Digitais na UFPB e ilustradora, publico meus trabalhos na internet desde 2008 e encontrei no meio uma forma de obter retorno e conhecer novos artistas. Adoro filmes, leio sobre filmes, faço resenhas sobre filmes aqui no blog e nas horas vagas, adivinhem só, amo ir ao cinema.

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Mais uma fascinação

   O homem possui inúmeras vulnerabilidades e desejos. Queremos saber de onde viemos, para onde vamos, se estamos sós no infinito espaço, em que esquina dobrar. Há a constante preocupação de como nos expressamos, do que podem achar caso algo se revele, se o mundo estará preparado para o amanhã. Às vezes buscamos nos impulsos primitivos uma brutalidade condizente com o temor; sabemos extrair a força do mais profundo confim interior – ou ao menos deveríamos saber -, e com ela fazer ações fantásticas. Vê? Aquilo lá no céu! É um avião? Um pássaro? Se disser que é o Superman, parabéns pela visão criativa. Claro que todos o estão vendo. O sensacional “Homem de Aço” está em tudo que é lugar, agora sem cueca sobre a calça e voando com muito mais efeito!
                   O planeta Kripton está em colapso, prestes a explodir, mas o casal Jor-El e Lara conseguem colocar o único filho numa nave e enviá-lo rumo à Terra. O menino carrega nele toda a esperança de uma raça e passa a viver junto aos Kent, uma família simples do Kansas. Ele crescerá como um humano, mesmo não sendo um. O General Zod, kriptoniano responsável por defender o planeta natal, abusa do poder detido e, após escapar da Zona Fantasma – uma espécie de prisão -, cruza galáxias à procura da criança salva. Clark Kent adquire as emoções e complexidade humanas. Fisicamente, ele tem que adaptar-se à sua condição, aos seus super poderes; tarefa difícil mas conquistada com o apoio da família terráquea. Superman espera o momento certo de revelar-se ao mundo, e o faz quando Zod ameaça a humanidade.
                   Dessa vez, quem dá carne, ossos e músculos ao herói é o britânico Henry Cavill. O ator já havia tentado voar na produção de 2006. Agora, após muitos exercícios físicos, o rapaz dá um vigor, uma presença marcante na tela, fiel ao perfil da personagem; é preciso ser extremamente forte para interpretar o Homem de Aço, claro. Além do físico, o filme tenta focar no lado humanizado do Superman, adquirido durante os anos de vida na Terra. Há constantes feedbacks da infância e da juventude cercados pelas indagações de um homem à procura do seu passado; é interessante conhecer um bocado da vida dele – a cena de Clark criança brincando no jardim com um lençol vermelho preso à camisa é humana e poderosa. Sabe aquela máxima: “Fale menos, faça mais”? Henry tem poucas falas, mas está sempre perambulando pelo espaço, salvando alguém, sendo o Superman. E convence nas horas dramáticas.
                   No elenco ainda há Amy Adams no papel da jornalista do Planeta Diário, Lois Lane – ela dá um charme e um toque ruivo, com um brilho dos olhos tão ternos, que é impossível não amar essa mulher. O vilão, General Zod, é vivido pelo talentosíssimo Michael Shannon. A família Kent é composta por Kevin Costner e Diane Lane em simples e boas performances. E Russell Crowe faz o pai biológico sem nada demais.
                   Você não paga pra ver uma adaptação dos quadrinhos para apreciar futuros indicados ao Oscar de melhor atuação. Você quer é ver seu herói voando, quebrando a cara do vilão, salvando a mocinha e respirando aliviado no fim. Pois bem. O diretor Zack Snyder sabe valer seu ingresso quando o assunto é efeito especial. As sequências de ação são grandiosas, incessantes – são poucos os intervalos de calmaria – e muito bem feitas. A fotografia está belíssima e as cenas focadas em detalhes pequenos com uma luminosidade diferente são interessantes. O problema dessa adaptação é a velocidade com que as informações são dadas; tudo acontece muito rápido e o filme fica em certos momentos confuso. Quem for vê-lo em 3D, tome um remédio contra tontura – isso não é um ponto negativo.
                   Há 75 anos surgia o “Homem de Aço” nos quadrinhos. Já vimos várias adaptações e nos empolgamos com a tecnologia de cada época. Agora ganhamos uma nova oportunidade de nos fascinar com o Superman. O herói, por estar mais humano, está mais vulnerável. No entanto, não é por isso que ele perderá sua força; ele sabe drenar das lições aprendidas algo mais poderoso que visão laser: a capacidade de saber que tudo tem seu tempo. “Kripton já teve sua oportunidade” e você não desperdiçará esta. Vista a capa e voe pro cinema!

Amy Adams como Lois Lane

Michael Shannon como General Zod

Postagem via muitoalemdofim

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Orphan Black: cuidado com a maratona

Em tempos em que assistir produtos da televisão na própriatelevisão é algo raro, os americanos inventaram um termo para a prática de assistir seriados compulsivamente (seja através de DVDs, downloads, ou serviços de streaming), o “binge watching”. A palavra “compulsivamente” pode assustar um pouco, mas quem nunca parou pra ver só um episódio de alguma série e acabou vendo uns sete? (Por favor, alguém? Não posso estar sozinha nisso).
A série da BBC America exibida entre março e junho deste ano, Orphan Black, me levou a um sério “binge watching”. A primeira temporada, com 10 episódios, possui a dose certa de suspense e ganchos, e descrevê-la como viciante é quase inevitável. Ela conta a história de Sarah, que após presenciar o suicídio de uma mulher idêntica a ela, resolve tomar sua identidade e fingir a própria morte. Mas, o que deveria ser apenas uma forma rápida de conseguir dinheiro e se livrar de um ex-namorado traficante, acaba lhe dando problemas muito maiores.
A mulher cuja identidade Sarah roubou se chamava Beth e era uma detetive. Ela estava sob investigação no trabalho, por causar a morte de uma civil, e fora dele conduzia sua própria investigação, envolvendo… outras mulheres idênticas a ela. A situação que Sarah imaginou ser explicada com “irmãs-gêmeas perdidas”, era na verdade sobre clones.

Opa, clones?! Pois é. Eu teria torcido o nariz se soubesse o enredo antes de começar a assistir. Não faça o mesmo, a série é muito boa mesmo pra quem não é muito fã de Sci-Fi. E se, em cenas em que vemos juntos os vários clones, os efeitos especiais lembram um pouco os das novelas da Globo, isso também pode ser facilmente abstraído devido ao talento da incrível Tatiana Maslany. A atriz chega a interpretar sete personagens diferentes, e o faz da forma mais convincente possível, dando sotaque e caracterização perfeitos a cada uma. Uma única contra-indicação, porém: Orphan Black não é recomendável para pessoas em vésperas de provas.

Aqui o trailer da série, dessa vez com legenda [valeu, Alexandre :)]

 Ficou curioso? Vai lá assistir e volta pra comentar comigo 🙂

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Raíza Pacheco

Estudante de Jornalismo da UFPB, quis ser jornalista por causa da Lois Lane (mas não contem aos meus pais). Louca por cultura pop, onipresente na internet, fã do drama e rainha dos exageros, assisto mais televisão do que o normalmente aceito pela sociedade, e se você não gosta de séries, senta aqui que precisamos ter uma conversa séria.

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A Trilogia do Sangue e do Sorvete

O diretor é Edgar Wright, o mesmo de Scott Pilgrim Contra o Mundo (2010). Os protagonistas, Simon Pegg (Star Trek – Além da Escuridão) e Nick Frost (Os Piratas do Rock). Os coadjuvantes, nomes da comédia britânica: Martin Freeman, Dylan Mooran, Lucy Davis e Bill Nighy. Produção britânica, muito humor satírico e referências à cultura pop. A sequência: Todo Mundo Quase Morto (2004), Chumbo Grosso (2007) eThe World’s End (2013). Ou melhor, a trilogia Cornetto de três sabores!


Todo Mundo Quase Morto, Chumbo Grosso e The World’s End, da esquerda para a direita.

Antes de tudo, queridos leitores, aqui vai um pedido. Não se deixem levar pela má tradução dos títulos e, por favor, não subestimem a qualidade e humor da sequência pelo uso da palavra “paródia” – que infelizmente lembra filmes de humor barato como Todo Mundo em Pânico e Deu a Louca em Hollywood. Dito isso, vamos ao que importa. 

Cada longa é associado à um sabor de Cornetto diferente – em cada filme há cenas em que os protagonistas compram o sorvete. Sendo assim três sabores diferentes de sorvete (vermelho, branco e verde) para três filmes de gêneros diferentes (zumbi, policial e sci-fi). Os filmes também não constituem uma continuação, mas são considerados uma trilogia por possuírem o mesmo elenco, produção e paródia como temática central. 

Os dois primeiros filmes foram muito bem recebidos pela crítica e público e acabaram sendo reconhecidos como cult e virando sensação na internet. Os filmes totalizam 36 indicações (sendo 20 vitórias), rendeu a Edgar Wright a direção de Scott Pilgrim e tornou Simon Pegg conhecido fora do Reino UnidoOs filmes contém a  direção intuitiva e cortes que causam um grande impacto visual característicos do diretor, são leves, divertidos e inteligentes. O terceiro, The World’s End, estreou no Reino Unido essa sexta-feira, dia 19. E aqui no Brasil, apenas em Outubro.


Todo Mundo Quase Morto e Chumbo Grosso, da esquerda para a direita.

O primeiro, Todo Mundo Quase Morto (Shaun of The Dead, título original), parodia os filmes de zumbi, beira a comédia romântica com um quê de crítica social, é surpreendentemente diferente e inesperado a cada instante. Tem muito sangue e decapitações, mas é impossível -e isso vai soar estranho- parar de rir. Abaixo, o trailer.




O segundo, Chumbo Grosso(ou Hot Fuzz) faz referência aos longas de ação policial. Funciona como comédia, mas possui o compasso de filmes de ação. Apesar das muitas reviravoltas, não falta energia em momento algum, não perde o ritmo do começo ao fim. E é tão engraçado quanto o primeiro. Confira o trailer:


The World’s End encerra a trilogia com novos nomes no elenco: Ed Marsan, Rosamund Pike e Martin Freeman que, apesar das pequenas participações nos episódios anteriores, pode ter sido escalado como protagonista dessa vez devido ao sucesso como Hobbit e o Watson na série britânica Sherlock. Estréia dia 25 de Outubro aqui no Brasil.