O Grande Gatsby (2013) – The Great Gatsby
Austrália/ EUA – 142 min. – Drama, romance. Direção: Baz Luhrmann. Roteiro: Baz Luhrmann, Craig Pearce. Elenco: Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire, Carey Mulligan, Joel Edgerton. Classificação: 14 anos
O Grande Gatsby estreou nessa sexta-feira (dia 07) no Brasil. O filme é a quarta adaptação cinematográfica do romance escrito em 1925 por F. Scott Fitzgerald, que também já foi levado para os palcos, rádio e TV. Devido ao fato das três últimas adaptações do livro para o cinema terem sido consideradas um fiasco, o livro ganhou fama de infilmável. Mas o diretor Baz Luhrmann aceitou o desafio. Longe de tentar fazer uma adaptação comum do clássico literário estaduniense, Luhrmann manteve seu estilo: pop e extravagante com cortes rápidos e frenéticos que mais parecem terem saído de um viodeoclipe. Quem já assistiu Romeu + Julieta (1996) ou Moulin Rouge (2001), sabe do que eu estou falando. Sendo assim, antes de entrar no cinema esteja preparado para ver cores saturadas, cenários grandiosos e trilha sonora de Beyoncé, Lana Del Rey e Amy Whinehouse ao lado de diálogos fiéis aos da obra original.
A história se passa nos gloriosos anos 20 nos Estados Unidos, período marcado pela grande prosperidade econômica, a era do jazz e o contrabando de bebidas alcoólicas. Quem narra todo o filme é Nick Carrway (Tobey Maguire), um jovem corretor de ações da bolsa de Nova York e aspirante à escritor que acaba de se mudar para a mesma baía que sua prima Daisy (Carey Mulligan) e seu marido Tom Buchanan (Joel Edgerton). Nick se vê intrigado pelo estilo de vida de seu vizinho milionário misterioso, Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio), conhecido pelas festas megalomaníacas em sua mansão nos finais de semana, e acaba por entrar nesse novo mundo, conhecer os amores, traições e falsidades.
O visual do filme é intrigante – certamente não é de se esperar ver art decó enquanto se escuta hip hop – e cheio de simbolismos, destaque para o outdoor com olhos azuis e a luz verde da mansão dos Buchanan. A grandiosidade dos cenários, figurinos e das tomadas de fato impressionam, mas se tornam incompatíveis com a carga emocional da segunda parte do filme, deixando o drama da trama em segundo plano.
Leonardo DiCaprio mais uma vez está ótimo, vemos várias facetas de Gatsby: misterioso, romântico incorrigível e até gangster perigoso. Tobey Maguire não supreende nem decepciona, ele é simplesmente o mesmo de todos seus outros filmes. Quem desaponta mesmo é Carey Mulligan, nem sua beleza é suficiente para esconder a atuação sem sal da atriz que vinha sendo apontada como a nova Audrey Hepburn.
O filme entretêm com suas sequências de comédia, drama e mistério e pode agradar tanto aqueles que conhecem o livro quanto aqueles que nunca ouviram falar de Fitzgerald – é bastante fiel ao original, ao mesmo tempo que é contemporâneo. E, mesmo longe de estar na lista das melhores adaptações, o filme impressiona pela grande produção e direção de arte.
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Estudante de Comunicação em Mídias Digitais na UFPB e ilustradora, publico meus trabalhos na internet desde 2008 e encontrei no meio uma forma de obter retorno e conhecer novos artistas. Adoro filmes, leio sobre filmes, faço resenhas sobre filmes aqui no blog e nas horas vagas, adivinhem só, amo ir ao cinema.