É muito difícil que você não tenha ouvido falar ou pelo menos visto o pôster desse filme no cinema da sua cidade. Garota Exemplar. O que você talvez não saiba é que, se ainda não tiver assistido, deve fazer isso assim que puder.
Ele começa de um jeito simples, clichê até: uma mulher linda, rica e bem resolvida conhece um jornalista com um sorriso cativante e uma personalidade magnética. Moram em Nova Iorque, no começo dos anos 2000, quando a internet ainda não ameaçava os empregos das pessoas, principalmente dos jornalistas. Tudo parecia perfeito. Eles ficam juntos por aquela noite, vão permanecendo juntos; e de novo o clichê: sentem que foram feitos um para o outro. Compram um apartamento, se casam, e os primeiros anos parecem perfeitos. Mas o ditado não mente: nem tudo é o que parece.
Então a crise começa. Primeiro Nick é demitido. Depois Amy é demitida. Após semanas andando de pijama pelo apartamento, ele recebe uma ligação de sua irmã, e decide que tem de voltar para sua cidade natal para cuidar de sua mãe. Amy vê toda sua vida dar uma reviravolta, pois sente que não pode fazer nada a não ser seguir o marido. Eles se mudam para o Missouri, e ela assiste durante dois anos ele se afastar, dia após dia. Até que, no dia do aniversário de cinco anos de casamento dos dois, Amy desaparece. O desenrolar dos fatos e próprio comportamento de Nick nos vão fazendo acreditar que ele tem tudo a ver com o sumiço da sua esposa.
Contudo, você já sabe que a regra aqui é: nada é o que parece. Tudo nos leva a crer que Nick é um sociopata. Apesar de tudo nos levar a crer que, como em tantos outros casos, o marido é o culpado, o espectador consegue sentir que talvez a história não seja tão clichê assim. Mas se não foi Nick, quem levou Amy? Mergulhe no filme e descubra. Se deixe envolver e surpreenda-se com o final. Só não esqueça: nem tudo é o que parece, e as pessoas são muito mais complexas e profundas do que aparentam ser.