Se você nasceu nos Anos 80 ou no início dos Anos 90, e teve uma infância minimamente saudável e feliz, com certeza deve ter visto (ou ouvido falar) os Power Rangers. O seriado japonês adaptado pelos norte-americanos foi um enorme sucesso nos anos 90 e comecinho dos anos 2000 aqui no Brasil e até hoje tem milhares de fãs que ainda acompanham as temporadas antigas e as que continuam sendo lançadas até hoje.
Um dos grupos de heróis mais populares de todos os tempos! (Fonte)
Aí, um belo dia, uma mente (ociosa) brilhante resolveu criar uma abertura para o filme dos Avengers (Vingadores) da Marvel como se fosse uma série de TV. Para isso, ele se inspirou na abertura original dos Power Rangers e o resultado ficou incrivelmente bom. Veja no vídeo abaixo:
Ele utilizou imagens do próprio filme The Avengers e fez a edição baseado no estilo muito comum de abertura de séries norte-americanas na década de 90, além é claro, da música tema dos heróis coloridos. Para tirar a prova, compare você mesmo com a abertura original dos Power Rangers para ver se não ficou show de bola:
Quando se junta duas franquias de sucesso é quase impossível não sair algo bom, não acham?
O cinema adora falar sobre ele mesmo, sejam por pequenas referências aos filmes clássicos, ou mesmo a períodos históricos e personalidades importantes para a sétima arte. A metalinguagem frequentemente rendeu ótimos filmes. Então preparamos o nosso top 5, afinal nada melhor do que aprender sobre cinema no cinema!
5 – Sete dias com Marilyn (Simon Curtis, 2011)
História real sobre um estudante de cinema, Colin Clark, determinado a trabalhar para Sir Laurence Olivier (ator britânico conhecido, principalmente, por suas interpretações de Shakespeare). O jovem finalmente consegue o emprego como assistente de direção em um filme com Marilyn Monroe. Conhecemos mais sobre o mundo conturbado da atriz à medida que o próprio Colin a conhece. Incrível interpretação da Michelle Williams (Namorados para sempre, 2010) como Marilyn, sempre coberta de medos, anseios e dúvidas de seu talento.
Indicado ao Oscar de Melhor atriz (Michelle Williams) e melhor ator coadjuvante (Kenneth Branagh).
4 – A invenção de Hugo Cabret ( Martin Scorsese, 2011)
Filme atípico para o diretor, conhecido por seus filmes cheios de ação como Infiltrados (2006) e Taxi Driver (1976), porém não menos bem realizado. Scorsese faz uma verdadeira carta de amor ao cinema ao contar a história de um garoto que vive em uma estação de trem francesa e, na busca por desvendar um enigma deixado por seu pai, conhece Georges Méliès, um dos diretores mais inventivos e importantes do cinema. Muito bonito visualmente. Vale a pena também conferir o livro infanto-juvenil no qual foi baseado, as ilustrações são lindas.
Vencedor do Oscar de melhor fotografia, melhor edição e mixagem de som, melhor direção de arte e melhor efeito visual.
3 – Ed Wood (Tim Burton, 1994)
Segunda parceria de Tim Burton com Johnny Depp. (Precisa de mais alguma coisa?) Depp interpreta Ed Wood, hoje conhecido como o pior diretor de todos os tempo, imerso em seu mundo dos B-movies dos anos 50 com seus atores e amigos excêntricos. Filme preto e branco com o próprio o ar dos filmes de Wood. É uma obra de aspectos únicos, divertida, dramática e, às vezes, até assustadora. Grande tributo ao amor pelos filmes, mesmo aqueles considerados os piores de todos os tempos. Burton e Depp, mais Ed Woods, por favor!
Oscar de melhor ator coadjuvante para Martin Landau como Bela Lugosi (o Drácula de 1931).
2 – Crepúsculo dos deuses ( Billy Wilder, 1951)
O título original (Sunset Boulevard) é uma referência à rua que atravessa Los Angeles e Beverly Hills e mostra o universo dos artistas de cinema nos anos 50. De narrativa inovadora, o longa se inicia com o cadáver do roteirista Joe Gillis boiando na piscina da atriz decadente de filmes mudos, Norma Desmond, e o Gillis contando como foi parar lá. Talvez o grande filme noir da história de Hollywood, confronta elementos do gênero dark e urbano com o glamour da indústria cinematográfica.
Vencedor do Oscar de melhor roteiro, melhor trilha sonora e melhor direção de arte.
1 – 8 ½ (Federico Fellini, 1963)
Considerada a obra prima e filme mais pessoal do diretor italiano Fellini (A doce vida, 1960) e conhecida pelo seu caráter semi-autobiográfico. O diretor escolheu esse título como uma alusão ao fato de que esse era seu filme de número 8 ½ (o seu curta metragem contava como ½ ). Guido Anselmi é alter-ego de Fellini na luta para terminar seu próximo filme enquanto sua própria vida desmorona ao seu redor. A realidade se mistura com os sonhos para compor o psicológico de Fellini, ou melhor, de Guido! O filme é longo e um pouco solto, não foi feito para entretenimento, mas é, com certeza, uma grande obra do cinema. Vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro. Também vale a pena conferir o musical Nine (2009), remake do filme de Fellini, dessa vez com Daniel Day-Lewis como Guido. E o clipe do R.E.M., Everybody hurts, que foi inspirado na primeira cena de 8 ½.
Postado por
Minna Miná
Estudante de Comunicação em Mídias Digitais na UFPB e ilustradora, publico meus trabalhos na internet desde 2008 e encontrei no meio uma forma de obter retorno e conhecer novos artistas. Adoro filmes, leio sobre filmes, faço resenhas sobre filmes aqui no blog e nas horas vagas, adivinhem só, amo ir ao cinema.
Calma, calma, eu não enlouqueci e estou pensando que me tornei um treinador pokémo. E tampouco estou invocando o temido Michael Myers (personagem criado por John Carpenter e Debra Hill para a famosa série de terror Halloween) para matar alguém. O Michael Myers em questão é um ilustrator e designer norte-americano que teve uma brilhante idéia e a colocou no mundo: a Poketryoshka.
A Poketryoshka é um conjunto de ilustrações onde ele juntou alguns dos monstrinhos da conhecida franquia Pokémon com as famosas Matrioshkas Russas. Caso você não saiba, as Matrioshkas são aquelas bonecas russas bem gorduchinhas que são colocadas umas dentro das outras, sempre aumentando seu tamanho de dentro para fora.
Exemplo clássico de Matrioskas. (Fonte: Wikipedia)
Michael se baseou nos formatos dessas simpáticas bonecas e fez uma espécie de “Cadeia Evolutiva” dos 4 Pokémons iniciais do início da franquia: Pikachu, Bulbasaur, Charmander e Squirtle.
De dentro para fora: Pichu, Pikachu, Raichu
De dentro para fora: Bulbasaur, Ivysaur, Venusaur.
De dentro para fora: Charmander, Charmeleon, Charizard.
De dentro para fora: Squirtle, Wartortle, Blastoise.
E se você pensa que a influência de Animes e Video-Games acaba por aí no trabalho de Michael Myers, você pode conferir o portifólio dele lá no Behance e se inspirar em algumas das obras dele (como a que faz referência ao clássico Final Fantasy VII, na que se baseia no desenho Hora de Aventura e muitos outros). Além do portifólio, lá você encontra um pouco mais sobre a história dele e outros contatos deste designer.
E aí, o que vocês acharam? Podem começar a comentar em 3… 2… 1!
As aventuras de PI (Life of Pi) recebeu 4 Oscars, entre eles o de efeitos visuais. Disso provavelmente você já sabe. Mas, você sabe como foram criados?
Acredito que a maioria das pessoas que assistiram ao filme saíram com uma pergunta na cabeça, “Como eles fizeram isso?”.
Como se já não bastasse todo o romantismo do estilo de vida e das paisagens parisienses, “Meia Noite em Paris” reforça essa qualidade tão única da cidade das luzes em sua trilha sonora recheada de clássicos franceses e americanos. Entre as diversas canções podemos prestigiar as composições de artistas como Cole Poter, Sidney Bechet e Jospéhine Baker, que interpretam canções de amolecer o coração. Merecem atenção dobrada as canções “Si Tu Vois Ma Mère” e seu saxofone encantador, a adorável versão de “Let’s Do It (Let’s fall in Love)“, “You’ve Got That Thing” e “La Conga Blicoti. Uma trilha sonora relaxante e descontraída cheia do charme de Paris.