Quem nunca fechou os olhos e imaginou um filme, do início ao fim, enquanto ouvia a música? Esse grande clássico do rock nacional sempre foi uma história épica, apenas esperando para ser transformada em roteiro e exibida na tela do cinema. Pois bem, a espera acabou e a partir da próxima quinta-feira, dia 30 de maio, você pode ir para o cinema curtir os 100min. (aprox.) de João do Santo Cristo.
Uma boa pergunta é: por que só agora o filme saiu? Houveram uma série de atrasos no desenvolvimento do projeto, que iniciou sua produção em 2005, de falta de recursos a impedimentos na justiça. Apesar da boa negociação com a família Manfredini, para que liberassem a produção da história escrita por Renato, a Editora Tapajós entrou com ações na justiça para impedir a adaptação, pois a família não poderia ter entrado em acordo antes de consultar a editora, mas em 2007, por fim, a justiça foi a favor da decisão tomada pela família de Renato Russo.
Depois dessa fase, a equipe de produção ainda penou um bocado até arrecadar a grana necessária para a produção (cerca de 6 milhões) e, depois, para conseguir as locações necessárias para ambientar a Brasília dos anos 1980. Finalmente, em 2011 as gravações começaram oficialmente. Os locais originais da história puderam ser aproveitados, mas a Ceilândia foi ambientada no Jardim ABC, bairro de Cidade Ocidental (GO).
Mas, pra os fãs mais ortodóxos, vale lembrar que o filme, assim como Somos Tão Jovens (inspirado na biografia de Renato Russo e que estreou há pouco tempo) é uma adaptação, sujeita a interpretações, não apenas uma dramatização de sua história tal como é contada na letra. É claro que teremos a história e os personagens centrais. Maria Lúcia será interpretada por Isis Valverde, Felipe Abib é Jeremias, o grande inimigo de João. E seu parceiro Pablo, será vivido por Cesar Troncoso. As adaptações que foram feitas para o cinema, e já alertadas pela crítica, tenho apenas a esperar que venham para enriquecer a história.
Agora é colocar Faroeste Caboclo pra tocar e ir entrando no clima, porque semana que vem essa história vai ser contada nas salas de cinema de todo o Brasil.
Gosto de saber como coisas funcionam, mas não de incorporá-las à minha vida, traduzindo: vejo uma coisa, acho legal, mexo por uma semana e deixo de lado e elas se empilham aos montes aqui em casa. Costumo passar o tempo com games aleatórios (que dificilmente termino de jogar, por falta de paciência). Mas paciência, quem sabe um dia eu sossego! 🙂